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quarta-feira, novembro 21, 2012

“Encontros Marcados” num "Lugar dentro de Nós"


Há dias em que busco a Paz no encontro com o meu Rio e no livro que trago comigo.
 [Foto e edição 1981 MM.]
Quando GOSTO MUITO [para não dizer, ADORO!!] do que leio demoro eternidades a abandonar as páginas… O livro que trago comigo hoje é exemplo disso.
Já viaja comigo desde abril (mês em que o comprei) e agosto (mês em que comecei a mergulhar nas suas letras).
E só hoje me senti no direito de terminar estas letras que me acompanham… Tinha de ser num lugar especial e, por isso, aqui estou, junto ao meu Rio, tal como o autor estava junto ao Rio dele.

E como este lugar me traz a tranquilidade que preciso quando está assim, vazio em pessoas e cheio de mim, quando fecho os olhos, sinto o calor do sol e ouço outros Mundos a viver à minha volta.
Estou atenta a cada cor, a cada respiração, a cada sonoridade, a cada movimento,… e ao café cheio já vazio de sabor.
Quando estou assim, sozinha num lugar de gentes que hoje não passam por aqui, encontro-me comigo e chego ao meu equilíbrio, sem precisar da música nos ouvidos.
E como me sabem bem estes momentos, especialmente quando me sinto a apreciá-los.
 [Foto e edição 1981 MM.]
Muitas seriam as passagens que gostaria de transcrever, mas qualquer uma delas me saberia a pouco comparativamente com a leitura integral.
E quando gosto muito do livro que leio, também o torno meu…nos sublinhados e anotações que acrescento! Só assim o livro deixa de ser do autor para passar a ser meu, por inteiro! E não, não sinto que o estou a desrespeitar. Muito pelo contrário, com todo o respeito, passa a ser inteiramente meu!

 [Foto e edição 1981 MM.]
Hoje fecho as páginas aos Encontros Marcados” com Gonçalo Cadilhe, mas em breve abro as páginas a Um lugar dentro de nós” na companhia do mesmo J

 [Foto e edição 1981 MM.]
E assim, das piscadelas de olho do destino aos momentos que mudam o sentido da vida” ao “não importa onde te leva a viagem mas sim o que ela faz de ti” me entrego nas escritas dos Outros que são o Mundo das Minhas leituras, porque, para mim, ler também é viajarporque viajar serve para encontrar o que não se procura.

 [Foto e edição 1981 MM.]
E já que falo em viajar, aproveito para informar que daqui a um par de dias também eu estarei em viagem J
 [Foto de LO. Enquadramento e edição: 1981 MM.]
Haverá coisa melhor no Mundo do que Viajar???
 [Siiiiiim, têm razão, estar junto dos nossos amores é melhor do que viajar, mas, sempre que puderem, aliem estes dois melhores do Mundo!]

Vou por uns dias e, quando voltar, espero trazer novidades J

!Hola Madrid!
 [Foto e edição 1981 MM. Madrid 2008]
Como não há duas sem três, um dos Mundos da Maria vai confirmar se Madrid continua no mesmo sítio. OLÉ!
 [Foto e edição 1981 MM. Madrid 2010]
Até breve ou, já entrando no espírito, !hasta pronto!

porque Madrid no es nada especial, no tiene un gran río, ni apenas rascacielos, no tiene ruinas, ni playa, ni mar. Pero tiene la Gente, el rincón inesperado, la animación constante, la variedad. Vale la pena levantarse temprano por una vez para vivir un dia la vida de Madrid.

 [Foto e edição 1981 MM. Madrid 2008]
E assim, a pensar na minha próxima viagem, assisto ao Sol a cair por detrás do Rio e as gaivotas a seguir a corrente, fecho a tarde e inicio a noite guardando na alma a cidade a ser cada vez mais iluminada pelas luzinhas amarelas que fazem reflexo no Rio enquanto o Sol se esconde para dar lugar à Lua,…
[Foto e edição 1981 MM.]

…nesta minha viagem que é VIVER!
MARAVILHOSO!

sexta-feira, novembro 16, 2012

A “notinha” no Skoda da frente!!


Os nossos dias têm mesmo destas coisas e que melhor atitude do que levar as situações ironicamente para a “brincadeira”??

Sempre ensinei ao meu Yaris Sol que nunca deve dar beijinhos a estranhos. E não é que hoje deixaram-se seduzir pelo charme dele!?!?! Esclarecendo o caso:

Esta tarde, deixei o meu Yaris muito bem estacionado, dentro das três linhas brancas que limitavam o espaço. Ele estava a precisar de descansar um pouco, depois de tantas voltas que já tinha dado, e eu precisava de ir resolver uns compromissos.

Deixo-o sozinho (embora acompanhado de tantos outros automóveis ao seu redor) por umas rápidas quatro horas e quando regresso confronto-me com esta situação…

 [Foto, edição e montagem 1981 MM.]

Pois é!!! Estavam a beijar descaradamente o meu Yaris!!! Sim, porque eu tinha-o deixado sossegadinho dentro das três linhas, recordam-se?

Eu não podia fechar os olhos àquele atrevimento. Portanto, decidi deixar uma “notinha” no Skoda da frente. Aqui está ela:

 [Foto e edição 1981 MM.]

Independentemente do condutor ter lido ou não esta “notinha”, a verdade é que Eu não seria Eu se não tivesse deixado aquela minha observação naquele limpa-pára-brisas, até porque todo aquele grande volume estava mal estacionado, desrespeitando todas as linhas.

Não pude ficar para ver, mas, a esta distância, gostava de ser uma borboletinha para apreciar a reação da pessoa à “notinha” que, tão carinhosamente, lhe deixei!

Eu só tinha uma intenção: despertar consciências! Não, não tive uma segunda intenção de deixar o meu contacto para receber uma resposta!!! Tenho testemunhas que o podem comprovar, se for preciso!! Não usem o lado malandro da vossa mente! Hehehe

A probabilidade deste meu gesto provocar algum efeito positivo nas ações futuras do condutor é reduzidíssima. Porém, resta-me a esperança dessa reduzidíssima probabilidade poder contribuir para condutores melhores, ou, pelo menos, mais atentos. Para mim, se há coisa intolerável é a falta de respeito, falta de civismo e falta de educação. Não sei em que Mundo é que estas pessoas vivem, mas num dos meus não é de certeza!

Não estou com tudo isto a querer dizer que sou uma condutora exemplar. Nada disso!! Também cometo as minhas falhas [como todos nós, não é verdade??], mas tento, sempre, ter todo o cuidado com os automóveis vizinhos, porque é assim que deve ser! E se algum dia me quiserem deixar uma “notinha”, estejam à vontade…

“notinha”: Não, não foi a primeira vez que tive uma reação destas!! LOL

quarta-feira, novembro 14, 2012

Fui ao gym e apaixonei-me por umas luvas de boxe!!!

O dia 13 [não, não foi sexta-feira] não foi fácil… E o computador não ajudou!!
Bloqueava sempre que lhe apetecia, independentemente das minhas ordens!
Estarei a perder qualidades assertivas??
Ora, sendo este o meu meio de trabalho, digamos que discuti muitas vezes com o meu parceiro da frente!!! Todavia, guardei toda a raiva dentro de mim e, pela noite, decidi ir explodir para o Gym J

O que eu não esperava era chegar ao Gym e apaixonar-me por umas luvas de boxe!!!!

Estava eu a correr em plena fúria [quase divina] e eis senão quando a minha atenção se centrou na aula que decorria ao meu lado direito – kickboxing!

Não, não me atropelei na corrida, mas as lentes dos meus olhinhos castanhos fugiam para a direita, taaaaaantas vezes…

Umas luvas de boxe KO Kohler rosa pálido [ou bebé, como quiserem]?!?! Siiiiiiiiiiiiimmm, umas luvas de boxe tinham entrado no meu campo de visão!

Também queeeeeeerooooooooooo!

E, de repente, lembrei-me que, em tempos, tive um namorado com quem pratiquei algumas horas e horas de socos, um contra o outro [não, não estávamos em modo agressão] ou contra um saco de boxe.
Na verdade, admito que aprendi a gostar desta modalidade e, hoje, senti saudades de voltar a praticá-la.

Depois de passar uma rápida vista de olhos [siiiim, foi mesmo rápida. Acreditem! Não se esqueçam que eu estava em modo corrida.] pelos elementos/alunos presentes, não sei é se terei coragem para me apresentar numa aula daquelas… LOL
 
Depois de uma pesquisa cibernética (muuuuuuuuuuito) exaustiva, não consegui encontrá-las L Mas, encontrei a versão laranja, que aqui deixo para se apaixonarem também.

 [Imagem retirada do site SportZone, edição by Fátima Oliveira, novembro2012]
E encontrei muitas outras versões rosa, mas de outras marcas (que não me apaixonaram assim tanto). Porém, o tom rosa é exatamente o mesmo.

 [imagens retiradas do motor de pesquisa google, montagem e edição by Fátima Oliveira, novembro2012]
 
Por isso, façam um esforço mental e associem as duas imagens numa só:
as luvas laranja em tom rosa. J

Conclusão:
 não me aventurei no Kickboxing,
mas fui a uma aula de Zumba.
Parecido, não?? Não podia ter escolhido modalidade mais contrária ao boxe! LOL

Curioso foi, em plena aula de Zumba, ter conseguido matar a minha mais recente pulseira de pulso [pulseira de pulso?? Claro! Podia ser pulseira de pé!!! :p ].
Fazia hoje, exatamente, um mês de vida no meu mundo.
Causa de morte? Não sobreviveu a uma aula de Zumba. :(

 [Enquadramento, fotografia e edição by Fátima Oliveira, novembro2012]
 
Ou eu estava muito agressiva [estaria eu em modo kickboxing sem saber?!?!], ou ela [a pulseira] não gostou das músicas escolhidas.

É que isto de zumbar tem muito que se lhe diga, porque cada professor pode demonstrar uma Zumba diferente. E hoje foi exemplo disso.
Decidi experimentar um novo professor de Zumba [cuidado com a interpretação que fazem da palavra!!!!] e devo confessar que me mantenho fiel não ao primeiro, mas ao segundo, a contrariar o ditado popular Não há amor como o primeiro. [Uffa, desse já me escapei!!!!].
 Mas, como “não há duas sem três”, [aproveitando a onda dos provérbios], tinha de fazer uso da minha veia empirista:
nada está no pensamento que não tenha passado primeiro pelos sentidos, residindo na experiência a origem de todo o conhecimento e ideias.

Qualquer dia destes, ainda vos trago um pouquinho desta teoria filosófica. J

Por enquanto, trago-vos Zumba he Zumba ha :)


Obs. muito rosa:
Pensavam vocês que me tinha apaixonado por um dos praticantes da modalidade, não é??
Lamento desiludir-vos
Contudo, aposto que também ADORARAM estas pink gloves boxing [estou claramente a referir-me às meninas…hihihi].

segunda-feira, novembro 12, 2012

172 anos depois: Auguste RODIN


Pois é!! Num dos meus muitos Mundos, a Filosofia encontra-se com a Arte. Sempre! E, por isso, hoje não posso deixar de agradecer ao motor de pesquisa do Google por me ter relembrado uma efeméride relacionada com um mundo meu [e não um evento como a presença da Chanceler alemã Angela Merkel em Belém de Portugal (como a comunicação faz questão de lembrar a cada segundo)].

 
Se fossemos eternos ou se perdurassemos no Tempo e no Espaço por centenas de anos, hoje, François Auguste René Rodin celebraria 172 anos de vida. Todavia, para mim, ele continua vivo, porque soube eternizar o seu nome para além da morte. Como? Através da sua Arte.

Resumidamente, Auguste Rodin foi um genial escultor francês, que viveu 77 anos, entre 12 de novembro de 1840 e 17 do mesmo mês de 1917.

 

Não vou traçar aqui nenhuma biografia, porque esses dados podem vocês pesquisar: em livros, enciclopédias, documentários, internet. [E quão bom seria se estas minhas pequenas palavras vos enchessem de curiosidade de conhecer melhor o percurso do primeiro escultor moderno da história da Arte mundial…]

Tal como aconteceu com tantos outros génios e personalidades imortalizadas pela Humanidade, o seu sucesso na história da arte não foi repentino nem automaticamente aceite e referenciado. A sua carreira foi marcada pela incompreensão da crítica, por não corresponder às rígidas fórmulas académicas. A título de exemplo, foi recusado três vezes pela Escola de Belas Artes de Paris e a sua primeira escultura (O Homem de Nariz Quebrado, 1864) não foi aceite no Salon de Paris, visto que o júri considerava a obra inacabada, um esboço. O que o júri não queria compreender era o facto de Rodin pretender basear toda a sua criação no conceito de “non finito”. A partir deste conceito, quase que ouso enunciar que ele desejaria ser eternizado no Tempo e não morrer, para que pudesse voltar, um dia, para terminar as suas esculturas. [não precisa de ser num dia de nevoeiro, à semelhança do nosso D. Sebastião…que, neste momento, bem podia decidir salvar a Nação e deixar de viver em mitos e lendas!]

 

Contudo, cultivou a admiração de intelectuais e políticos [bem como o amor de algumas mulheres da alta sociedade europeia, mas isso são outras histórias de outras artes…hehehe], tendo-se tornado, aos 20 anos, o maior escultor vivo do mundo. Assim, ao contrário de outros artistas, conquistou a fama em vida e as suas obras, pela originalidade e capacidade de moldar o seu imaginário, chegaram a ser as mais apreciadas no mercado de Arte Europeu e Americano. Hoje em dia encontram-se nos museus mais importantes do mundo.

O que podemos concluir desta reviravolta?
É preciso ser-se persistente para se manter diferente e original. É preciso não desistirmos dos nossos ideais, nem das nossas ideias, se queremos ser Mais e Melhores no Mundo. E também, nem sempre temos de terminar tudo o que começamos,…porque nem sempre o inacabado é incompleto!

As esculturas mais célebres de Rodin são: O Beijo, O Pensador e o Retrato de Balzac. As duas primeiras surgiram a partir de uma encomenda do governo francês, em 1880, e fazem parte de um conjunto de esculturas realizadas para a “Porta do Inferno” (um grande portal em bronze, inspirado no Inferno da Divina Comédia, de Dante Alighieri), instalada no Museu de Artes Decorativas, em Paris.
 
Este projeto previa a execução de centenas de esculturas em menor escala, baseadas nas personagens dos versos de Dante. Contudo e a confirmar a característica “non finito” de Rodin, nunca chegou a finalizá-lo, embora tenha esboçado cerca de 200 peças. Curiosamente, é nesta produção inacabada que se centram esculturas monumentais memoráveis que o imortalizaram.
Dada a minha natureza filosófica não é difícil adivinhar de qual delas vos venho contar a história J

 

O Pensador (Le Penseur, originariamente) é uma das mais famosas esculturas de bronze do escultor.

O Pensador original tinha apenas 72 cm de altura e foi exposto pela primeira vez em Copenhague, em 1888. Originalmente foi apelidada de O Poeta, por ser parte do portal monumental baseado na Divina Comédia. Cada uma das estátuas presentes representava um dos personagens principais do poema épico de Dante. Esta particularmente, representava Dante em frente aos Portões do Inferno, a refletir, ponderar e meditar profundamente sobre o seu grande poema, transfigurando os seus sonhos num ato de criação, numa poderosa luta com a sua força interior. A enigmática imagem deste homem, segundo o próprio Rodin, «não pensa apenas com o seu cérebro, as suas narinas dilatadas e os seus lábios cerrados, mas com cada músculo dos seus braços, das suas costas e das suas pernas, com o seu punho crispado e os seus dedos dos pés contraídos.» A escultura apresenta-se nua porque Rodin pretendia personificar uma figura heróica (inspirado em Michelangelo) para representar o pensamento e a poesia. Assim, no ano seguinte, a estátua recebeu o nome de O Poeta Pensador, e mais tarde intitulou-se apenas de O Pensador.

A sua primeira versão foi criada (72 cm), aproximadamente, em 1880. Mas, Rodin decidiu aumentar as proporções do seu trabalho e, em 1902, ampliou O Pensador para 1,83 metros de bronze, acrescentando-lhe um pedestal de 1,63m, totalizando 800 kg. Esta inspirada estátua monumental teve a sua primeira exibição pública em 1904.

 

O Pensador tornou-se propriedade da cidade de Paris devido a uma contribuição organizada pelos admiradores de Rodin e, inicialmente, foi colocada em frente ao Panteão (1906). Todavia, em 1922, foi transportada para o atual Musée Rodin.

Durante a sua vida, Rodin permitiu que as suas esculturas fossem reproduzidas sem qualquer controlo e concedeu ao Estado francês a custódia da sua obra e direitos de reprodução. Rodin optou pelo bronze em detrimento do mármore para que fosse possível a reprodução autêntica das suas estátuas sem qualquer decréscimo de qualidade, uma vez que seriam criadas a partir de um molde de gesso.

Assim, foram reproduzidos 25 exemplares d’ O Pensador, que podemos procurar e encontrar em vários museus à volta do mundo. [Cá está um excelente e feliz motivo para viajar pelo Mundo… Procurar Os Pensadores, já que há tanta falta deles!!!] Alguns destes exemplares são versões ampliadas da obra original, existindo esculturas de diferentes proporções. O Musée Rodin distinguiu as edições originais das posteriores, integrando os 25 exemplares como uma única tiragem da escultura.

Curiosa e paradoxalmente com o início da vida artística de Rodin, é em Paris (a cidade que ‘vetara’ a primeira obra de Rodin) que podemos encontrar o Musée Rodin (no Hôtel Biron), onde vive grande parte do espólio do escultor e a sua história da vida. [Nem acredito que não fui visitá-lo quando estive em Paris!! E estive tãaaaaaoooo perto, quando visitei o Hôtel des Invalides e o túmulo de Napoleão. Bem, já tenho mais um motivo para voar até Paris..hehehe]

E quem diria que as suas primeiras esculturas ganharam vida na cozinha da sua mãe, ao utilizar massa para fazer pão. Como tudo pode começar a partir de experiências tão inocentes! Há mesmo coisas extraordinárias, não há?!?

Em jeito de conclusão, para mim, este O Pensador é simbolicamente parte da minha Filosofia, de Vida e de Profissão!
 

Que nunca nos falte o Pensar! E como Kant diria, “Sapere Aude” (“Ousa Pensar [por ti próprio]”), principalmente num Mundo em que se descura o pensamento (autónomo) na pressa dos dias.