Há cartas & cartas...

[Fonte: Pinterest. Montagem: 1981 MM.]

Quem se lembra de ir espreitar se o carteiro trazia aquelas cartas que tanto esperávamos?

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Eu fui daquelas pessoas que escreveu muitas cartas e recebeu muitas mais! A maioria ainda as tenho guardadas [chegaram a ficar inundadas num inverno chuvoso, mas consegui recuperar muitas delas, mesmo tendo ficado num estado lastimável!!] e vinham de vários lugares do mundo: daqui ao lado [era sempre fantástico receber cartas das amigas quase vizinhas], de Leiria, do Algarve, do Rio de Janeiro, de Saint-Nazaire. Escritas pelas amigas que me acompanhavam ao longo do ano, pelas amigas que tinham ficado por outras escolas, pelas amizades de verão, pelas primas brasileiras que fui conhecer num verão, pela pen friend francesa que muito me ajudou no meu francês [vocês também são do tempo das “Pen Friends”?], pelos amores que surgem na vida, pelas turmas de alunos que alcançam uma sensibilidade inimaginável, pela minha afilhada de Moçambique [que apadrinhei através do projeto “Crescer de Mãos Dadas”, via G.A.S.Porto],…

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Agradeço cada uma das cartas que fui recebendo na vida, das esperadas às inesperadas…

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Naquele tempo, ninguém diria que, pouco mais de uma década depois, as cartas iriam tornar-se cybercartas ou emails ou mensagens privadas! Tudo ficou mais perto, não precisamos de sair de casa para ir aos CTT, o envio das mesmas é “online on time” [já estou a aplicar conteúdos das aulas de Gestão de Eventos!! Hihihi] e até a resposta é mais imediata [não fosse eu atrasar-me sempre a dar resposta a todas as cyber-cartas que recebo!! Espero que me desculpem!!].

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Este verão voltei aos CTT, não para enviar cartas ditas normais, mas para enviar encomendas e receber vales postal [bendito OLX que me permitiu vender alguns manuais escolares que nunca cheguei a precisar].

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A nostalgia dos CTT voltou e lamento que se tenha perdido o valor dos correios [pelo que ouvi dizer nos últimos dias, têm fechado muitos, à custa das políticas que vivemos!]. Todavia, hoje ainda é o dia em que acordo com o carteiro a tocar à campainha! [Ontem foi mesmo o dia, porque hoje saí de casa antes dele chegar!!!]

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Ora são encomendas para a mana [tenho uma mana perita em negócios mundiais!!!], ora são livros que encomendo para mim [a Editorial Presença, de quando em vez, faz umas campanhas promocionais imperdíveis, às quais eu não consigo resistir!!!], ora são cartas do Banco [uuuiiiiii!], ora são as contas da água, luz e gás, telefone e internet [uuuuiiiii a multiplicar por cinco!!], ora são cartas da Segurança Social a exigir a restituição de prestações indevidamente pagas [http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO283762.html aaaaaaaiiiiiiiiiiiiiiii estas políticas economicistas que quase me tiram do sério!!! À custa das mesmas, a partir de outubro, as prestações de desemprego são ajustadas de acordo com a contribuição de 6%, com efeitos retroativos desde 25 de julho, data de entrada em vigor da referida lei!! Mas por que raios (a lembrar os trovões de uma das noites desta semana) e coriscos não aplicaram a taxa no imediato e nos obrigam, agora, a restituir “prestações indevidamente pagas”?? Pffffff lá vou eu devolver dinheiro ao Estado, que usa indevidamente o meu dinheiro! Será que lhe posso escrever uma carta a solicitar a restituição do uso indevido do meu dinheiro, enquanto ser contribuinte ao longo de quase uma década?? ]…

Pois é, também recebo cartas destas!!!

Há mesmo…cartas & cartas!!

E vocês? Que cartas recebem? Que cartas escrevem?

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