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sexta-feira, fevereiro 07, 2014

Caça ao Tesouro :)


Dizem que fevereiro é o segundo mês do Amor. Será que dizem?? [Dizem ou digo?? Para mim, o primeiro é dezembro, pelo óbvio motivo do espírito natalício!!]
O primeiro fim de semana de fevereiro trouxe uma caça a um tesouro muuuuuuito especial – o Amor no seu estado mais puro, como alguém escreveu ao traduzir aqueles dois primeiros dias do mês!



Como sabem, faço parte de uma ONGD – o G.A.S. Porto, onde Estamos Juntos por um mundo melhor. [Clica em "por um mundo melhor" e descobre-o!]
Um dos primeiros fins de semana do ano tem como missão chegar a mais pessoas, partilhar muita alegria e sorrisos, estar gratos pelo privilégio de viver momentos tão únicos e especiais, cheios de amor. Tudo isto por uma causa maior – crianças e adolescentes rapazes, raparigas adolescentes, portadoras de deficiência mental e idosas, divididas por três Instituições, em Braga, e com as quais o G.A.S.Porto tem parcerias: Oficinas São José, IMA, La Salle.

 Embora 2014 seja o meu 4º ano no G.A.S. Porto, na verdade, só agora encontrei a disponibilidade que precisava para viver um fim de semana assim – daqueles que começam com borboletas na barriga e terminam com coração cheio e a transbordar de amor.

[Fonte: Pinterest. Edição: 1981 MM.]

Não só vivi este fim de semana pela primeira vez, como também tive o privilégio de fazer parte da equipa de preparação e dinamização das atividades a realizar nas Instituições para onde viajamos. E porque só quando Estamos Juntos é que tudo ganha sentido, para que o fim de semana fosse inesquecível para todos [desde os voluntários às crianças, jovens, adultos, idosas e portadoras de deficiência mental] precisamos de nos reunir algumas vezes [durante a semana, à noite, e até mesmo ao domingo!!], estar atentos aos desenvolvimentos dos emails [nos dias mais pró-ativos chegamos a trocar entre 10 a 20 emails!!!], dividir tarefas, criar ideias e pô-las em ação [desde procurar baús, folhas coloridas, envelopes, cartolinas, fios de lã preta, garrafas de vidro, moedas de chocolate douradas, garrafões de água salgada, palhinhas, copos de plástico, folhas de jornal e revistas, mapas de tesouros, balões compridos, bombas de ar, desenhos de animais, imprimir atividades e desafios, caça-autógrafos, reproduzir sons de animais, charadas, adivinhas, construir uma música com coreografia, gincana, “tiros” com bolas de meias/fisgas aos “barcos” de papel, criar disfarces de piratas, lengalengas, gritos de piratas, desafio lógico final, readaptar o logotipo do G.A.S.,... nada foi pensado por acaso.].
Por tudo isto, um especial agradecimento à fantástica equipa, sem a qual nada disto teria sido possível. Claro que o agradecimento não é menor aos fantásticos voluntários que nos acompanharam e permitiram que tudo fosse vivido na intensidade certa. Sem cada um de vocês, a magia não teria acontecido. E se o fim de semana foi vivido em torno de caças ao tesouro, ouso dizer que vocês descobriram o tesouro que cada uma das crianças, jovens, idosas tem dentro de si. O vosso tesouro interior foi fundamental para que estes dias se tornassem eternamente inesquecíveis, na vida deles e delas, na nossa vida também! 
É por momentos assim que vale a pena viver!

Que momentos?

[Foto e edição: 1981 MM.]

Quase não dormir de tanta ansiedade. Acordar às 07h. Reunir o grupo de voluntários às 08h e dividi-los por Instituição. Conduzir até Braga. Perder-me enquanto procuramos o local de dormida. Ultimar a organização das atividades a dinamizar nas Instituições. Voltar a perder-me enquanto procuramos a Instituição onde iremos respirar e inspirar. Encontrar os portões da Instituição, que são as portas para um mundo novo. Viver 12 horas intensas que valem por uma vida inteira. Preparar caças a tesouros especiais. Guardar momentos em fotografias, em vídeos, na memória e no coração. Dar, receber, agradecer. Almoçar, lanchar, jantar. Representar, cantar, sorrir, dançar. Criar tesouros. Dizer até amanhã. Reunir o grande grupo de voluntários. Preparar as surpresas do amanhã. Preparar a noite no saco-cama. Dormir ao lado de 60 pessoas. Não dormir, porque o frio não deixou. Pensar em investir num saco-cama de inverno [de preferência zero graus ou menos cinco graus!!!]. Embrulhar-me no saco-cama, na manta e no sobretudo. Pedir para as horas voarem. Bom Dia com uma “corrida de cavalos”. Pequeno-almoço entre voluntários. Chegar à Instituição e ver as nossas meninas de 15 e de 80 anos a receber-nos à entrada. Acompanhá-las à Missa na Capela [para mim, a capela era uma enoooooorme igreja!]. Partilhar um último almoço. Receber tesouros [das palavras e olhares de emoção ao mimo que construíram só para nós]. Ver todos os vídeos e todas as fotos que eternizam o dia anterior para sempre. Guardar os últimos momentos em fotografias. Partilhar um baú cheio de mensagens inspiradoras, para ler em dias menos bons e nos dias bons também. Os últimos abraços. Longos xi-corações. As lágrimas que viajam pelo rosto. Os olhos de água. Os corações apertados. Ouvir ecoar “voltem mais vezes”, vezes sem fim. Trazer tesouros connosco também. Para o ano há mais!

Amar é tão simples como tudo isto.

[Fotos e montagem: 1981 MM.]

O fim de semana termina com partilhas de amor, onde cada voluntário expressa algo que sentiu e viveu nestes dias. A partir destas partilhas, cada um de nós entende que não esteve apenas numa Instituição, mas nas outras duas também. E isto acontece porque… Estamos Juntos, na mesma missão, a assumir o compromisso de servir mais e melhor, chegando a mais pessoas.
E das muitas pessoas especiais a quem chegamos tomo a liberdade de destacar alguns tesouros que nos deixaram:
Agradeço a todos vocês cada sorriso que partilharam connosco e por nos terem proporcionado um dia cheio de coisas boas! Todos nós somos diferentes, mas juntos fazemos a diferença! É isso que faz de nós quem somos! Obrigada.
Peço desculpa pela minha atitude anti-social. Vocês pareceram-me boas pessoas, que não ligaram ao que nos torna diferentes. Obrigada por isso.
“Este fim de semana fomos tocados pelo Amor no seu estado mais puro.”

[Fotos e montagem: 1981 MM.]

Sim, ainda há momentos que ficam só para mim, porque são inexplicáveis através de palavras, porque todas as palavras são poucas para transmitir a energia e a importância destes dois dias,… para eles, para elas, para nós. Há momentos que ficam só para vocês também [refiro-me, claramente, a quem lá esteve!]. Há momentos que ficam no imaginário de quem não lá esteve.
Tenho a certeza que cada um de nós regressou ao Porto de coração mais cheio, mais colorido, mas também mais diferente. A perceção da vida ganhou novas cores. O livro da vida ganhou novas folhas. Desenharam-se novos rostos. Sentiram-se novas emoções.  

Só por AMOR…é que nos dedicamos assim!

[Fonte: Pinterest. Facebook. Montagem: 1981 MM.]

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